24 de junho de 2015

Improvisação e musicoterapia - vem brincar de Alecrim Dourado!


*Improvisar é encontrar, experimentar e se divertir com a nossa própria musicalidade!

Podemos improvisar sozinhos ou em grupo, mas acreditamos que a segunda possibilidade seja sempre mais rica e desafiadora, pois requer entrar em sintonia com todas as nuances musicais dos demais integrantes da experiência sonora.

Improvisar é mais que uma necessidade para a formação consistente do musicoterapeuta. Normalmente essa experiência se torna um desejo forte e uma necessidade importante, assim, quando estamos em grupo, principalmente quando entre nossos, os demais musicoterapeutas, é quase impossível não fazer música, percurtir, cantar, dançar ou compor. 

Uma vez que a música é o nosso canal para atuar com os pacientes, com a finalidade de alcançar os objetivos terapêuticos, essa mesma ferramenta se torna importante para elaborar e cuidar do stress inerente ao nosso SER terapeuta. 

Se você se interessa em usar a música em seu trabalho nas áreas da educação e saúde, deve experimentar!

No atendimento de musicoterapia a improvisação é uma técnica muito usada e traz ganhos significativos para pacientes com diagnóstico variados.

Improvisar é uma ferramenta ainda mais importante quando trabalhamos com o paciente neuropata: criança, adolescente, adulto ou idoso que apresenta dificuldades motoras e cognitivas decorrentes das intercorrência congênitas ou adquiridas, que lesaram o seu sistema nervoso central. Muitos desses pacientes encontram no fazer musical uma grande motivação e trabalham com empenho em muitas atividades que irão trazer ganhos importantes para a motricidade, a linguagem, a atenção, a interação... e o melhor é que estão sempre pedindo BIS, trabalhando por muito mais tempo!

Quando usamos o recurso pré-verbal nas atividades de improvisação livre, isto é cantamos usando apenas sons vocais aleatórios, sem articular as palavras de forma inteligível, possibilitamos um canal para expressar e elaborar  conteúdos internos, mesmo quando a fala está ausente.

Embora pareça uma atividade muito simples, a improvisação livre requer habilidades arrojadas do sistema nervoso central, grande dose de criatividade e a capacidade de perceber a si mesmo, ao estimulo sonoro e ao outro, quando realizamos essa atividade em grupo.

Podemos improvisar partindo de uma canção já conhecida pelo senso comum, como. por exemplo. todas as canções folclóricas. Essas músicas, com certeza, aparecem no contexto clínico e pedagógico e são usadas por profissionais das áreas da saúde e da educação para realizar seu trabalho de estimular o sujeito. Essas melodias podem ser usadas como base para um trabalho criativo e estimulante para seu aluno ou paciente. O folclore é um repertório rico que agrada crianças, adultos e idosos, e pode ser usado como referência para improvisar. 

No workshop Musicoterapia BH os profissionais de todas as áreas poderão passar por essa experiência e descobrir sua musicalidade. O workshop tem oito horas de duração e traz informações e dicas importantes sobre o uso do som, do corpo e da música.

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Seguem as dicas para você usar a canção "Alecrim Dourado" de várias formas e estimular crianças, jovens e idosos:

1- Você pode usar apenas a marcação do pulso com os pés e propor palmas para cada sílaba.
2 - Você pode cantar de várias formas, inventando idiomas.
3 - Você pode descobrir outras formas de cantar essa melodia, expressando-se livremente.
4- Você usar imagens para que a criança ou adulto altere a flor da canção. Esta forma o levará a fazer uma rápida associação para alterar a estrutura da frase, ajustando a métrica, o uso dos pronomes e os demais elementos de gênero e cor! Uma atividade que vai trabalhar atenção, associação de imagens, linguagem, memória e muito mais!

Seguem as imagens usadas no Musicoterapia BH:




“Toda a criatividade é, até certo ponto, uma forma de improvisação e toda a improvisação é, até certo ponto, uma forma de criatividade. Contudo, uma diferença essencial entre criatividade e improvisação é que, enquanto um compositor cria uma composição com uma lógica interna própria, um músico de jazz improvisa blues baseado numa progressão estandardizada de padrões harmônicos."
                                                                                              (GORDON, p. 373)

Em 2015, a prof. Heloisa Feichas ministrou com carinho a disciplina Improvisação para os alunos do bacharelado em música — habilitação em musicoterapia da UFMG. Foi gratificante. A partir de 2016, o curso ganha uma disciplina totalmente voltada para esse escopo: improvisação em musicoterapia, com a prof. mt. Marina Freire. Grande passo! 

A improvisação é mais que um aprendizado: é uma oportunidade para trocar experiências musicais entre os pares. Os musicoterapeutas entendem a música como uma forma de alcançar a saúde e devem ter, na música, uma forma de manter a sua própria saúde, cuidando bem de si para melhor cuidar do outro!
               Musicoterapia BH no Festival Internacional de Jogos Musicais - Janeiro de 2015





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